Espiritualidade e amor: uma sutil conexão
Inspirado
em um comentário que ouvi esta semana sobre espiritualidade e amor, quero
aproveitar para estender ainda mais o que penso sobre o assunto.
Atualmente a espiritualidade é algo
que está cada vez mais próximo das pessoas, de uma forma ou de outra. Mas o que
é espiritualidade?
A forma mais simples de expressar
espiritualidade é defini-la como: a ligação com o Ser Interior. Quando você
está intimamente ligado ao seu Ser, que podemos chamar eu Eu interior, espírito,
self e outros termos que são
utilizados, então você descobre a divindade dentro de você, você acessa um
mundo de possibilidades que o Universo dispõe para você. Mas como sabemos se
somos conectados a isso? É preciso em primeiro lugar sentir. Não é algo que a
mente possa dizer, pois não é lógico – é intangível, assim como o Amor.
O
comentário que ouvi foi relativo a uma pessoa que não acredita em
espiritualidade, não acredita em terapias holísticas e tudo que não pode ser
comprovado cientificamente. Vale lembrar que eu mesmo passei por essa
experiência cética antes de conhecer o mundo da espiritualidade. É uma
tendência muito forte para quem tem formação em ciências exatas. É claro que
existe uma série de fatores que promovem esse “bloqueio” nas pessoas, mas não é
o objetivo falar sobre isso. Então o argumento que a pessoa encontrou para
explicar como é possível acreditar na espiritualidade foi: “você ama sua
filha?” E a resposta óbvia foi: “sim amo!” E então, foi-lhe perguntado: “mas
como você define e mede esse amor por ela?”
É
claro que a pessoa ficou sem palavras. Qualquer resposta lógica prova que a
pessoa desconhece por completo o amor. Não há como definir ou medir o amor.
Você não ama mais ou menos. Ou existe amor, ou não existe. Amor é algo que só
pode ser sentido, ele está aí, você não o vê, mas você sabe que ele existe. E
quando você acredita nesse verdadeiro amor, que é invisível, você então
acredita em Deus, que também podemos chamar de várias formas como: Grande
Mistério, Existência, Unidade, Universo e outros mais.
É
ignorância pensar que podemos definir tudo mentalmente. Somos uma simples
espécie em meio a outras milhões, num planeta que é uma estrela entre bilhões
na Via Láctea – uma galáxia entre outras 200 bilhões em nosso universo, que
atualmente a física quântica não acredita mais em universo, mas sim
“multiverso” – que explica que somos um entre outros universos “possíveis” e,
com a tendência a “desaparecer”. Então se realmente “Deus” criou o Universo,
que belo custo-benefício criar tantas estrelas para que exista o ser humano,
num planeta minúsculo como o nosso não?
Como
podemos pensar que somos os donos da verdade diante de tudo isso? Como podemos
pensar que somos o único planeta com vida em tantos outros universos possíveis?
E você ainda tem dúvida em acreditar na intangibilidade do amor, da
espiritualidade? Como podemos pensar que fomos “atirados” aqui neste planeta
para “lutar” (pois muitos acreditam que a vida é uma luta) e, que a vida se
resume em trabalhar para construir uma casa e criar os filhos? É realmente
ignorância.
Somos
sim pequenos diante do Universo, mas não podemos esquecer que fazemos parte
dele. Somos uma peça necessária para a existência de tudo isso. Cada um de nós
é único e necessário para a família, sociedade, nação, planeta, sistema solar,
galáxia e para o Universo. Afirmo com segurança e certeza: quando nos
encontramos dentro de nós e sentimos
essa conexão amorosa com o Todo, acessamos um mundo de possibilidades
infindáveis. Podemos acessar cura, abundância, amor, enfim, tudo o que
quisermos. O Universo é ecológico, nada acontece por acaso. Você não está aqui
à toa, portanto comece acreditando e descobrindo o amor dentro de você e então
você perceberá a grandeza de Deus dentro de você!
Vinícius Casagrande Fornasier
Ótima reflexão. Obrigado!
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